Aqui está em forma escrita a parte mais escura e profunda de mim, o lado oposto ao do meu outro blog, o SoGréia (http://sogreia.blogspot.com).
17 abril 2007
Aniversário
Todos os anos o dia do meu aniversário costuma ser o dia mais triste do ano.
É o dia em que faço o meu balanço anual.
Peso o que fiz de bom e mau, o que alcancei dos meus planos e o que não alcancei. É o dia em que descubro o quanto falhei no ano que passou.
Normalmente, passo o dia acabrunhado.
Mas este ano seria diferente. Tudo estava indo bem, pois embora o balanço de contas estivesse no negativo, tudo indicava que no próximo ano eu compensaria, e com lucros, o que deixei de fazer nos últimos 2 anos. Estava até alegre, nem mesmo os presentes detestáveis que ganhei conseguiram diminuir a minha alegria.
"Mas a vida é uma caixinha de surpresas..."
Ironicamente no mesmo instante em que minha psicóloga dizia que, aparentemente, o cosmos estava conspirando para que eu realizasse meus sonhos e ambições, o telefone estava tocando (no silencioso). O moraor da fazenda queria dizer-me que Juma de Camaratuba, uma de minhas melhores doadoras, e uma das 3 melhores vacas de meu plantel, segunda em meu coração apenas para Duquesa da Santa Rita, estava empanzinada.
Passei o resto do dia dividido entre um trabalho estúpido em um computador da firma e a preocupação com Juma. Cheguei a ir à fazenda, para tratá-la eu mesmo, mas não adiantou. Às 0315 da manhã, enquanto eu me preparava para sair para irà fazenda tentar ajudá-la, Sandro me ligou avisando que ela estava morrendo.
às 0400, enquanto eu estava já a caminho, liguei para a fazenda, apenas para receber a notícia de que minha linda doadora tinha, nas palavras de Sandro, "falecido".
Engraçado, esse gado Gir... Como eles entram no coração de quem lida com eles... Se fosse outra vaca qualquer, provavelmente Sandro teria dito que "acabou de morrer", ou que "perdemos ela", mas para uma vaca tão especial, ele só pôde dizer o termo aplicável a humanos, a pessoas bem-quistas: Faleceu.
Este post é uma homenagem a você, Juma. Que aí em cima, junto com os Krishnas (teu tataravô e o deus), você saiba o quanto foi amada e querida aqui na terra, e a falta que nos fará.
O consolo que resta é saber que você está em um lugar muito melhor que este, está de volta ao céu, ao Nivana, que é o lugar de deusas como você.
Um beijo, minha estrela, onde quer que você estiver!
13 março 2007
A descoberta do amor
Mas hoje eu digo de novo: Engraçado como acontece...
Como o senhor, meu único leitor sabe, depois de tantas desilusões, pancadas e sofrimento, eu achava que tinha perdido a capacidade de amar. Aliás, achava que o verdadeiro amor, o romantismo, e principalmente a reciprocidade, é algo que só existe em filmes e desenhos animados. Apenas Shrek conseguiu casar-se com uma princesa e ser feliz para sempre. Apenas para que conste, Romeu, a maior efígie do amor perfeito, só amou e foi amado por uma semana, só teve a sua esposa por uma noite...
Mas, engraçado como acontece...
Desiludido que estava, preparei-me para encontrar, se existisse, alguem com quem eu conseguisse dividir a minha vida, uma mulherzinha que estivesse disposta a conviver comigo, com poucas brigas, e um carinho ocasional, e ir levando a vidinha até que meu tempo aqui em cima terminasse.
Mas é engraçado como acontece...
Arrumei uma namoradinha, criatura boa, legal, de bom coração, e fui namorando-a. Fui conhecendo-a... Fui gostando do que estava acontecendo, até que... Aconteceu!
Um dia, aliás, na terça-feira de carnaval deste ano, por acaso olhei pra ela e - PIMBA! notei que estava sorrindo feito um bobo (ainda mais bobo do que sou), pensando em como será a minha velhice com ela...
Engraçado como aconteceu.
Em um instante, no tempo de uma piscadela, notei que estava amando. Que mais uma vez eu tinha caído na armadilha do destino. Que era de novo prisioneiro. E as dúvidas me assaltaram: Será que virá tudo de novo? Será que estou fadado a este eterno ciclo?
Aí, só quem sabe é o destino, e ele não diz nada a ninguem...
Engraçado... Como será que acontecerá?
07 agosto 2006
Domingo
- Após mais um dia de cão, em que o abandono e a indiferença mais uma vez me prostraram e quase desidrato por causa da perda de água, este poema nasceu. Pelo menos algo de bom saiu de um dia tão horrível.
Dúvidas de Domingo
06/08/06
Enquanto minh’água
O papel ensopa,
Lá dentro minh’alma
Triste, se esgota.
Por que sou tão solitário?
Por que viver sozinho?
Por que tão abandonado?
Tão só no caminho?
Será meu destino
Tornar-me ermitão?
Por que, desde menino,
Tanta solidão?
Por que meu maior sonho
Nunca realizarei?
Será que neste abandono
Sempre viverei?
Sem lar, sem família
Sem companhia nem nada,
Falando com a mobília,
Ouvindo a empregada?
Meus pais, uma mulher,
Ter filhos, amor,
Como outro qualquer
Não serei merecedor?
Uma pequena gentileza,
Um carinho, Uma ligação,
Um prato, uma miudeza,
Feitos com o coração?
Não mereço nada disso,
Feio, inútil, maldito.
Por isso profetizo
Viver sempre proscrito.
A água já me turva
A vista tão cansada
Melhor parar, que já custa,
Esta confissão desbragada.
Mainha, Patolina
29 maio 2006
Em Verde
13 março 2006
Minha Deusa
17 outubro 2005
A Angústia de uma Espera
Um dos meus favoritos...
A angústia de uma espera
20/09/95
Por que tanto tens batido?
Por quem tanto sofres
E choras e tremes
Deixando-me cansado e doente?
Talvez seja por aquela ingrata
Que te possui e te maltrata
Primeiro te seduz,
Te alegra e te faz cantar.
Depois some
Te deixando com fome
Sem ter como te saciar.
As horas vão passando
A noite vem chegando
E ela nada de ligar
O telefone toca,
Você para.
Te aquieta, idiota!
Era só uma velhota
Procurando um hospital.
As horas ainda passam,
A noite agora é completa.
Onde está minha boneca
Que notícias não tem dado?
Vou dormir contrariado,
Cansado da espera.
Mas qual!
Você está excitado
E o menor ruído nos desperta.
Chega a manhã ensolarada
Mas não nos diz nada
Pois a noite mal dormida
Nos cobra a sua paga.
Passamos o dia amuados,
Nervosos, irritados.
Onde está ela
Que até agora não tem ligado?
Paro para pensar e descubro:
Na verdade estou batendo em um muro.
Ela nunca em mim pensou...
Não valia o tamanho de nossa dor...
23 setembro 2005
A Estrada

A Estrada
Ela - a estrada!
Estende-se à minha frente.
Buracos não são nada,
Voa a minha mente...
Quilômetros se sucedem,
Não vejo o tempo passar.
Duas coisas me impedem:
Velocidade, e vontade de chegar...
Não vejo nada, faróis me cegam.
Pensamentos voam longe
E a ti me levam...
Estás onde?
Insetos morrem à minha frente,
Uma raposa atravessa a estrada.
Não sais de minha mente,
Minha querida, amada.
Corro como o vento,
Na pressa de chegar.
Perdi noção do tempo...
Estarei a sonhar?

12 setembro 2005
Acróstico
Acróstico do Destino
março – abril / 2004
A feição daquela menina
Naquela festa estava
Instalando-se na minha sina.
Numa noite de fevereiro
Elga dela me aproximava.
Dezesseis dias depois
Um beijo meu destino selou.
Aquela menina tão doce
Rindo me conquistou.
Telefonemas à noite
E quinzenalmente os encontros.
Cada vez mais
O amor me invadia.
E por aquela donzela
Loucuras eu faria.
Holocausto de amor
Onze meses depois acontecia.
Aquela linda mulher
Muito mais eu amava.
Outra qualquer
Risco nenhum lhe dava.
Dela, para sempre
Amando eu continuava.
Mas o destino,
Infelizmente tinha planos.
Numa série de desatinos
Hora a hora nos separamos.
Aquele casal se desfazia...
Veio um dia a gota d’água
Irritado terminei
Depois disso a vida acaba...
A vida não tem sentido.
26 julho 2005
Meu funeral
'That ... be not told of my death,
Or made to grieve on account of me,
And that I be not buried in consecrated ground,
And that no sexton be asked to toll the bell,
And that nobody is wished to see my dead body,
And that no mourners walk behind me at my funeral,
And that no flowers be planted on my grave,
And that no man remember me,
To this I put my name.' - Thomas Hardy
Ou, em português:
'Que... Não se saiba de minha morte
Nem se sofra por minha causa,
E que eu não seja enterrado em solo consagrado,
E que nenhum sacristão venha a tocar o sino,
E que não se peça que vejam meu corpo,
E que não seja seguido em cortejo,
E que não se plantem flores em minha sepultura,
E que eu não seja lembrado,
A isto subscrevo.' - Thomas Hardy.
09 maio 2005
Putaqueopariu!
Ela não para de falar na porra da festa de casamento, mas não liga a mínima pro casamento em si.
Passa dias passeando pelos shopping centres com a mãe procurando objetos decorativos, mas tratar de ficar bem comigo nada.
Não confia em mim. Pra nada e em nada.
Como não me importo nem um pouco com festa de casamento, mas sim com ela, inventou de me chamar de inútil, de capacho de meu pai. E ontem passou dos limites: Me chamou de mentiroso.
Não agüento mais.
Hoje vou dar-lhe um ultimato, na verdde vou dar-lhe um choque. Vou acabar tudo. Ou ela se orienta ou pego o meu caminho. O que não posso é viver mais assim. De jeito nenhum.
Não agüento mais.
14 março 2005
De novo...
Esta doença é a Síndrome dos Filhos de Quem Tem.
Quando adolesci (segundo a minha terapeuta, aos 20 e poucos anos), tinha crises horríveis de identidade e ódio por causa dela. Por que meu pai controlava tudo na minha vida. Por que eu não era nada, por que eu não tinha nada. Por tudo e por nada. Mas os anos se passaram, a terapia continuou, eu amadureci, cresci, criei luz própria (sem precisar mais negar o meu pai, como eu e outros colegas de doença fizemos) e achei que tinha domado a minha doença de vez, até me esqueci de prestar atenção a ela.
Aí ontem aconteceu: Mais uma vez. Meu pai tinha me prometido comprar-me um apartamento para quando eu me casasse com Cisne. Disse que eu fosse me organizando e procurando algo pois, quando ele tivesse dinheiro, seria para de uma hora para outra, em oito dias, comprarmos. Aí ele ontem fez de novo. Disse que me deu esperanças falsas, mas que não poderia comprar nada nem tão cedo. Que ele tinha sonhado em voz alta sem perceber que eu estava perto, e me deixei carregar. Que ele talvez - talvez - comprasse algo, sim, mas quando vendesse o apartamento em que mora. Em resumo: Que eu me explodisse.
E o que fico mais danado não é por ele ter feito isso, mas é ter caído de novo na mesma esparrela em que caio a tantos anos. Estou danado comigo mesmo por ter caído de novo, por ter-me deixado levar pelo canto da sereia, que me levou a uma recaída da minha doença.
Agora vou arrumar um abrigo até que a tempestade (emocional) passe. Depois a gente conversa mais!
13 setembro 2004
01 de setembro. Dia histórico
Depois de meses de reconquista, de conversa, de mal-entendidos, de compromissos, de promessas, de pingos nos is e de maturidade - maturidade que eu nem sabia que tinha, ela voltou.
Isso mesmo, minha Cisne voltou pra mim, e agora é pra sempre. Só não temos a data ainda, mas é pra sempre.
Pense numa alegria!
Ave Maria!
09 agosto 2004
Primeiro poema
Sei que nãopresta, portanto vossência não precisa me dizer isto, OK? Mas se quiser dar uma dica esteja à vontade!
Pop x Nerd
06/09/99
<>História, Geografia,
Física, Química e Matemática.
>Muita teoria e pouca prática.
Tu és Pop, eu sou Nerd.
De tua ignorância minha cultura perde.
Dizes besteiras para ser Pop.
>Faço computação,
Leitura e nenhum esporte.
Tu és Pop, eu sou Nerd.
Dos teus músculos minha gordura perde.
Perto das mulheres só pago mico
>De minha sabedoria fazes graça
Desprezando-a por pirraça.
Tu és Pop, eu sou Nerd.
De tua lábia minha leitura perde.
Poema dedicado a Carmen, Rachel, Lindhanne, Mônica e ao meu amigo SWB.
20 julho 2004
Um sonho...
Será que um dia terei um filho?
Um bebê lindo e sorridente?
Um bebê saudável em meus braços?
Quem sabe? Quem pode saber?
Só o futuro pode dar uma resposta, que provavelmente será negativa para todas estas perguntas.
Este foi o sonho que tive uma noite, mas é o maior sonho - e esperança - de minha vida. Será que vai se realizar?
11 julho 2004
Começando...
Nem sei se alguem vai ler isto, algum dia, mas de todo o jeito, quero deixar registrado online o outro lado de mim, o verso, cuja frente é o bom-humor de meu outro blog, o SoGréia (sogreia.blogspot.com). Neste blog, de publicação ainda mais devezenquandal, devo postar comentários, idéias, poemas, canções, desabafos... Enfim, tudo o que estiver preso aqui dentro e não tenho ninguem para contar/mostrar, ou não quero dizer/mostrar diretamente a ninguem.
Fiquem à vontade para comentar algo, se quiserem.
Obrigado!