Oração pra mim era algo mecânico , que a gente dizia ("mastigava as palavras"), e pronto.
Aí veio a ida a Fátima, e tudo mudou.
Naquele dia mesmo, sentado embaixo de uma oliveira na subida para os Valinhos, me veio uma vontade imensa de rezar um terço. Justo um terço, a oração de que eu mais fugi em minha vida, de repente virou uma sede em mim, uma vontade inexplicável.
Comecei a rezar o terço, e nossa família o reza duas vezes por semana, nas segundas-feiras e sextas-feiras, mas nem sempre ele é-me suficiente.
Preciso de mais.
Nas noites de angústia, o Terço me sossega. Nos momentos de raiva (como no dia em que uma gerente de outra unidade se achou no direito de gritar comigo ao telefone porque estava fazendo o certo e meu gerente não me defendeu), ele me acalma. Nos momentos de crise e desespero, ele me mostra um caminho.Nos momentos de dúvida, ele me dá certeza.
Posso rezá-lo contando as orações nos dedos, nas contas de oliveira do meu terço comprado em Fátima, ou mesmo em um app que baixei em meu telefone, o importante é a oração, não "a mídia".
O terço sempre me dá paz. Rezá-lo, que antigamente era uma verdadeira tortura, tornou-se um momento de prazer, um momento que, com a casa adormecida e silenciosa, tiro para estar com Deus e comigo, um momento de conversa íntima com o Pai, em que ele responde às questões não formuladas, em que transporto para o meu lugar feliz... Que era a nossa fazenda, mas hoje é Fátima, as oliveiras em volta da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, cujo cheiro chego a sentir às vezes. Rezar o Terço, hoje, é um dos grandes prazeres de minha vida, e fico me perguntando porque tive que esperar a conversão para aprender a apreciá-lo...
Fica aqui a sugestão: Tire um momento de paz, e experimente rezar o Terço. Não pelos outro, ou seguindo as regras que alguém lhe impuser. Reze o Terço, somente o Terço, e veja se sua vida não se alegra!