terça-feira, 13 de março de 2007

A descoberta do amor

Anos atrás eu escrevi um poema que começa com "engraçado como acontece...". Na época, estra frase era apenas uma maneira de achar uma rima para "esquece".
Mas hoje eu digo de novo: Engraçado como acontece...
Como o senhor, meu único leitor sabe, depois de tantas desilusões, pancadas e sofrimento, eu achava que tinha perdido a capacidade de amar. Aliás, achava que o verdadeiro amor, o romantismo, e principalmente a reciprocidade, é algo que só existe em filmes e desenhos animados. Apenas Shrek conseguiu casar-se com uma princesa e ser feliz para sempre. Apenas para que conste, Romeu, a maior efígie do amor perfeito, só amou e foi amado por uma semana, só teve a sua esposa por uma noite...
Mas, engraçado como acontece...
Desiludido que estava, preparei-me para encontrar, se existisse, alguem com quem eu conseguisse dividir a minha vida, uma mulherzinha que estivesse disposta a conviver comigo, com poucas brigas, e um carinho ocasional, e ir levando a vidinha até que meu tempo aqui em cima terminasse.
Mas é engraçado como acontece...
Arrumei uma namoradinha, criatura boa, legal, de bom coração, e fui namorando-a. Fui conhecendo-a... Fui gostando do que estava acontecendo, até que... Aconteceu!
Um dia, aliás, na terça-feira de carnaval deste ano, por acaso olhei pra ela e - PIMBA! notei que estava sorrindo feito um bobo (ainda mais bobo do que sou), pensando em como será a minha velhice com ela...
Engraçado como aconteceu.
Em um instante, no tempo de uma piscadela, notei que estava amando. Que mais uma vez eu tinha caído na armadilha do destino. Que era de novo prisioneiro. E as dúvidas me assaltaram: Será que virá tudo de novo? Será que estou fadado a este eterno ciclo?
Aí, só quem sabe é o destino, e ele não diz nada a ninguem...
Engraçado... Como será que acontecerá?