quinta-feira, 26 de junho de 2008

Quase dois meses

Pois é...
Segunda-feira, 30 de junho de 2008, completarei dois meses de casado.
Finalmente casado, diriam meus amigos e parentes, pois aos 35 anos e ainda solteiro as opiniões já estavam se dividindo a meu respeito:
Havia os que me achavam gay.
E havia os que achavam que eu era otário demais pra casar-me um dia.
E havia os que achavam que era tarde demais.

Mas uma criaturinha me apareceu um dia num treino de Rugby e me lascou a vida de vez. Em poucos meses - dias? - começamos a namorar, e dois anos e um dia depois do primeiro beijo, estávamos no Fórum do Recife recebendo a certidão de casamento.

Nestes quase dois meses, mesmo com as broncas e brigas que cercaram as preliminares da festa do casamento católico, posso dizer que estou realizado. Que estou feliz.

Que me orgulho demais de ter-me casado com Pato.

Que exulto de alegria todas as manhãs ao vê-la ao meu lado na cama.

Que, embora apreensivo quanto ao futuro, tambem não deixo de vê-lo com mais alegria agora que tenho alguem tão especial para compartilhá-lo.

Só queria que meus amigos fossem tão felizes em suas escolhas quanto eu sou. Que o senhor, meu querido e único leitor, fosse tão feliz em sua vida de casado quanto tenho sido. Que tenha feito uma escolha tão bem-feita quanto a minha.

Por isso que todas as noites agradeço a ela antes de dormir...

Boa noite!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Beslan que se dane!

Alguns anos atrás, em 2004, um grupo de terroristas invadiu a Escola Número Um, na cidade de Beslan, na Ossetia-alana do Norte, demandando o fim da Segunda Guerra Chechena. Não vou entrar em mais detalhes, mas o episódio terminou com 334 mortos, 186 dos quais crianças. Não vou mentir. Na época eu mesmo não liguei o mínimo pra coisa. O que teve de gente me chamando de insensível não tem tamanho, mas é isso mesmo, eu sempre considerei que era um ato de guerra, injustificado, mas guerra. Um crime comum, como o viciado que mata pra roubar. No caso, matou-se pra acabar a guerra. Irônico, né?
Mas outro dia apareceu uma história na Televisão que me chocou tanto quanto Beslan chocou meus conhecidos, amigos, colegas... Me refiro ao Caso Isabella.
No começo achei que era apenas mais um caso de delegado querendo aparecer na Televisão, mas à medida que as investigações evoluiram, espicaçadas pela mídia que precisava de um escândalo para encobrir outro(s), novos fatos foram aparecendo, dentre os quais os que mais me chamaram a atenção foram os seguintes:
  1. Se não fosse pela insistência da imprensa os assassinos ainda estariam soltos.
  2. Um sujeito matou a própia filha para proteger uma estranha.

É isso mesmo, meu querido e único leitor, claro que a polícia só continuou atrás de fazer laudos, reconstiuições, análises, etc. por causa da pressão posta pela imprensa, como sempre ávida por assunto pra publicar entre os anúncios de pasta de dentes e cerveja. Se não fosse a tuia de repórteres praticamente morando dentro da delegacia, chamando peritos para serem entrevistados em tudo quanto é programa, seguindo tudo quanto é carro da família dos suspeitos pra lá e pra cá, a esta hora os assassinos estariam calmamente transando sem nem pensar mais no que fizeram com uma menininha de seis - SEIS - anos.

O que mais me revoltou nesse caso foi ver que o tal do Alexandre Martoni cortou a tela de segurança do apartamento, empurrou a filha para fora, segurou-a e depois soltou-a para a morte, para proteger a mulher dele, que ele achava que tinha morto a menina por estrangulamento. O SUJEITO MATOU A PRÓPRIA FILHA PARA PROTEGER UMA ESTRANHA! Mas, o senhor deve estar se perguntando, a tal da Ana Carolina Cara de Jatobá não é a mulher dele? Claro que é a mulher dele, mas mulher não é parente. Filho é gene do seu gene, o elo mais forte que pode prender dois seres vivos, E O FILHO DE UMA CHOCADEIRA IGNOROU ESSE ELO AO MATAR A PRÓPIRA FILHA!

Agora a imprensa diz que ele está preso em isolamento, para evitar que os outros presos o matem. Sabe de uma coisa? O que fizerem com ele eu acho é pouco.

E Beslan que se exploda!