segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Acróstico

É isso aí, caro - e único - leitor desconhecido. Aproveitando o ensejo dado pelo post anterior, onde falei d'Ela, mais o fato de que nunca mais postei nenhum poema aqui, vou aproveitar para postar uma reminiscência do meu período negro, da depressão. A história dele é a seguinte: Eu já vinha a algum tempo com versos flutuando em minha cabeça, sem métrica nem forma, mas com o mote pronto. Aí ouvi aquela canção de Roberto Carlos, "Acróstico", e finalmente vi que havia chegado a hora de escrever o meu poema. O resultado é esse aí:

Acróstico do Destino

março – abril / 2004

Já não lembrava
A feição daquela menina
Naquela festa estava
Instalando-se na minha sina.
Numa noite de fevereiro
Elga dela me aproximava.

Dezesseis dias depois
Um beijo meu destino selou.
Aquela menina tão doce
Rindo me conquistou.
Telefonemas à noite
E quinzenalmente os encontros.

Cada vez mais
O amor me invadia.
E por aquela donzela
Loucuras eu faria.
Holocausto de amor
Onze meses depois acontecia.

Aquela linda mulher
Muito mais eu amava.
Outra qualquer
Risco nenhum lhe dava.
Dela, para sempre
Amando eu continuava.

Mas o destino,
Infelizmente tinha planos.
Numa série de desatinos
Hora a hora nos separamos.
Aquele casal se desfazia...

Veio um dia a gota d’água
Irritado terminei
Depois disso a vida acaba...
A vida não tem sentido.

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