Esta semana completei um ano que fui mandado trabalhar em casa por causa da Pandemia.
Lembro que naquela época, alimentado por livros e documentários sobre pragas, o medo e a incerteza me cercavam. Me despedir de meus colegas de trabalho foi uma das coisas mais estranhas de minha vida. Ninguém sabia quando nos veríamos de novo, SE nós veríamos de novo, se ainda teríamos empregos... A tristeza e a incerteza pairavam no ar como uma névoa negra.
Mas as previsões de milhares de mortes por dia graças a Deus não se concretizaram, os números baixaram e pudemos voltar a trabalhar presencialmente, viajei a trabalho (morrendo de medo dos hotéis, dos aviões e até dos carros), me tornei parte da equipe mais legal que já vi, e no geral tive um ano excelente.
Mas aí peguei a doença, e pior: enquanto negava até para mim mesmo, transmiti para minha esposa, que precisou ser internada. Passamos as festas isolados de nossos filhos, vendo-os apenas por videoconferência.
Mas sobrevivemos, com cicatrizes, mas sobrevivemos, e agora estou de novo trabalhando em casa, enquanto a nova onda de mortes assola o Brasil e a vacinação avança a passos de cágado. Entes queridos começaram a morrer, mas ainda tem gente que ignora o que está à sua volta.
Quanto tempo isto vai durar? Não temos como saber, apenas posso rezar, tomar cuidado e esperar.
Que o senhor, meu querido e único leitor, também sobreviva, e sua família também!
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